Felicidade é ter o que fazer.

”Felicidade é ter algo o que fazer, ter algo que amar, e algo que esperar…”

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Com esta frase do filósofo Aristóteles é que vamos começar nossa conversa de hoje.

Você já conheceu uma daquelas pessoas que ralaram o ano todo torcendo para o período de férias chegar logo, mas, depois que no dia seguinte ao primeiro dia de férias, ao invés de acordar mais tarde, não consegue ficar na cama e tem logo que arrumar algo pra fazer?

Eu tenho duas histórias assim na minha família. A primeira é que minha mãe trabalhou desde muito cedo, em diversas áreas e segmentos. Na última experiência, trabalhou por mais de 20 anos em uma escola pública, como auxiliar de serviços gerais. Ela sempre foi muito trabalhadora, e ainda tinha que cuidar da casa e de todos nós. 

No final da carreira, ela estava muito cansada e não via a hora de se aposentar. Até que chegou este momento tão esperado. Deixou de trabalhar na escola e ficou por conta apenas dos cuidados domésticos. 

Nesta época eu e meus irmãos já passávamos pouco tempo em casa, sempre estudando ou trabalhando. Por isso minha mãe passava a maior parte do tempo sozinha.

Não demorou muito para ela se tornar uma pessoa cada dia mais irritada. E pouco tempo depois, iniciou um processo de depressão. 

Ninguém me falou, mas, eu acredito muito que parte deste problema seja a falta do ritmo corrido que ela vivia antes, de muito trabalho e pouco tempo até mesmo para dedicar a própria vida.

Outro caso é do meu pai, que também sempre trabalhou muito. O que deixou pouco tempo para o convívio em família ou para fazer algo mais significativo para si mesmo. Por isso, mesmo tendo se aposentado, próximo de completar 75 anos, ainda está trabalhando.

O que eles têm em comum é o que me comprova que Aristóteles estava certo em sua frase: Muitas pessoas se sentem realizadas e satisfeitas com o trabalho, com a carreira que escolheram para suas vidas. Mesmo aquelas que vivem reclamando do que fazem e contam as horas para poder se aposentar.

Por isso é fundamental planejar sua vida após a aposentadoria. O que você vai fazer? Não espere chegar a este momento para tentar descobrir o que realmente te faz feliz. Comece, hoje mesmo, a identificar e vivenciar as experiências que te trazem satisfação e significado à sua vida.

Ter uma atividade recorrente, estar em movimento, se sentir útil. Tudo isso nos proporciona o sentimento de pertencimento, de ser importante para alguém, mesmo que apenas para nós mesmos. 

Por isso pessoas desocupadas geralmente são tão infelizes, pessimistas, arrogantes e ‘reclamonas’. Elas estão apenas passando pela vida, sem aproveitar a dádiva de estar vivo. São como ‘walking deads’ vagando por aí. Sugando a energia de quem quer fazer a vida acontecer.

Procure ocupar seu tempo com outras atividades. Vá plantar uma horta, ajudar um vizinho, se envolver com o voluntariado, começar um blog ou escrever um livro. Sei lá… Só não pode ficar parado.

Feliz é o Julius – de “Todo mundo odeia o Chris” – que tem dois empregos, e está sempre procurando um novo ‘bico’.

E você, concorda comigo e com Aristóteles? Ou se sente bem em não fazer nada? (compartilhe este conteúdo nas suas Redes Sociais).

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