Por quê a gente é assim?!

Porquê agimos como agimos? E, como corrigir comportamentos indesejados?

É mais ou menos assim: Você briga com a pessoa que mais ama; chora de emoção ao final de um filme; sabe que açúcar demais faz mal para a saúde, mas não consegue ficar sem comer; e – pior – sabe que tudo o que precisa fazer para ser feliz só depende de você, mas não consegue agir diferente do que tem feito ao longo de toda a vida.

Tem horas que eu paro e me pergunto: – Por quê eu sou assim!!. Você também já passou por isso?

O que leva uma pessoa a agir como age, a fazer o que faz? Por que cada pessoa se comporta de forma diferente em situações semelhantes? A resposta é bem complexa, mas podemos resumir a culpa no tal do Ciclo do Comportamento.

É o seguinte: nosso cérebro armazena boa parte das experiências que vivenciamos ao longo da vida em um lugar chamado subconsciente. Lá ficam registradas as situações que já enfrentamos, principalmente aquelas que foram mais marcantes. Ele faz isso para usar a o sentimento e a reação que tivemos nessas ocasiões como uma base para agir de forma semelhante em situações atuais. Tudo isso só para poupar a energia que seria gasta procurando uma nova solução, uma atitude diferente da que já tivemos antes.

Sim, nosso cérebro é um pouco ‘preguiçoso’ quando se trata de fazer algo que fêz antes, de construir novos caminhos neurais que nos levariam a novas atitudes.

E é aqui que entra o Ciclo do Comportamento:

Passo 1 –  Uma situação acontece. Vamos pegar como exemplo, que você acaba de levar uma ‘fechada’ brusca no trânsito. 

Passo 2 – Neste exato momento, em milésimos de segundo, usando o recurso do pensamento seu cérebro avalia a situação e vai buscar em seus ‘arquivos’ uma situação aparentemente semelhante pela qual você já tenha passado antes. Caso nada semelhante tenha acontecido diretamente contigo, ele pode buscar referências também nas experiências de outras pessoas que viveram algo semelhante e que você ficou sabendo ou presenciou. 

Seguindo nosso exemplo, digamos que em outra ocasião, seu pai estava dirigindo e foi ele quem levou a ‘fechada’. Você viu que seu pai agiu de forma brusca, nervosa e mal educada, o que quase provocou uma briga de trânsito.

Passo 3 – Com base neste pensamento, seu cérebro aciona a mesma emoção que você sentiu nas outras vezes em que algo semelhante aconteceu. E agora, aquela raiva e nervosismo que você viu seu pai expressar, tantos anos antes, volta a se repetir em você.

Passo 4 – Essa emoção age como um botão de ignição para acionar em você um comportamento condizente com esta emoção. Se, há anos atrás, você presenciou seu pai xingando, brigando e querendo ‘matar’ um outro motorista, grandes são as chances de que você faça da mesma forma hoje.

Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem

Em geral, a gente não consegue perceber estas coisas. Mesmo porque, boa parte desses ‘arquivos’ que nosso cérebro cria são armazenados na infância, principalmente até os 7 anos.

Entendeu agora por que você faz o que faz (ou deixa de fazer o que deixa de fazer), e depois fica se perguntando por que agiu assim?

A boa notícia vem agora!!

Se você compreendeu este Ciclo do Comportamento, vai ficar mais fácil administrar seus comportamentos a partir de agora, se você seguir estas etapas:

  1. Aprenda a pensar sobre seus pensamentos. Não é coisa de doido, não. Antes de sair fazendo alguma coisa por impulso, pare um pouco para refletir sobre o que está se passando dentro de você: O que você está pensando e sentindo? 
  2. Após identificar corretamente seus pensamentos e emoções, avalie se esses pensamentos e emoções realmente fazem algum sentido. Será que é verdade mesmo? Será que o que está acontecendo justifica eu estar assim? 
  3. Se questione se há algum outro pensamento que você deveria ter que fizesse mais sentido nesta situação. O que você realmente deveria estar pensando e sentindo agora? 
  4. Caso a situação envolva outra pessoa – antes de dar um soco em alguém – tente se colocar no lugar do outro. No mínimo, tente avaliar se há alguma razão no que a outra pessoa disse ou fez. 

Finalmente, aprenda a dizer NÃO para seu cérebro. Tome conta das suas emoções, pensamentos e, principalmente, comportamentos. Ensine a seu cérebro que, no final das contas, a sua vida é como um carro em movimento, e é você quem está ao volante, não ele.

Pegue este exemplo e aplique em qualquer comportamento que você esteja tendo, e seja responsável pela sua felicidade.

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